Prefeito e secretário de Sarandi são afastados dos cargos pela Justiça

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A Justiça do Paraná decretou nesta sexta-feira (25) o afastamento dos cargos do prefeito de Sarandi, Carlos Alberto de Paulo Júnior, e do secretário de educação municipal, Antonio Manoel Martins. Ambos são investigados pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeitas de fraudes em licitações na área da educação. Outros dois servidores do Executivo do município do norte do estado também foram afastados.

A Operação Quadro Negro do Gaeco foi deflagrada no dia 11 de janeiro e incluiu onze mandados de prisão e outros onze mandados de busca e apreensão em várias cidades do Paraná (Sarandi, Lapa, Araucária, Palmeira, Curitiba) e em outros estados: Santa Catarina, Minas Gerais e Brasília (DF). Entre os presos estava o secretário afastado Martins.

Ele foi solto no dia 21 de janeiro e logo retomou o comando da pasta. “Por enquanto, eu deixo que eles apurem tudo. Eu não devo nada, eu não fui nem ouvido”, afirmou na época ao G1, garantindo que não se afastaria do cargo. Nesta sexta, a reportagem conversou com o advogado dele, Aristóteles Rondon, que informou que Martins estava fora da cidade, mas deverá assinar o afastamento assim que retornar.

“Ele aguardou cinco dias preso e sequer foi ouvido, agora ele vai aguardar novamente, porque não temos nem noção do que está sendo investigado. Precisamos de uma cópia do inquérito, porque a pessoa não tem como se defender sem saber sobre o que se imputa a ela”, argumentou Rondon.

Já o prefeito Carlos de Paula, em nota oficial, afirmou estar surpreso com a decisão de afastamento do cargo, já que, segundo ele, nenhum erro ou irregularidade foi confirmado em nenhum processo licitatório. Ele acrescentou ainda que está providenciando medida judicial para retornar ao cargo.

De acordo com o Gaeco, as investigações estão em fase de conclusão e em breve os envolvidos devem ser denunciados à Justiça. As informações coletadas pelo órgão se referem a fraudes em licitações para contratar empresas pertencentes ou ligadas a investigados, sempre na área de educação, com suspeita de direcionamento dos procedimentos, sobrepreço, e inexecução de serviços. O objetivo, segundo o Gaeco, era desviar recursos públicos.

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